Eu sou a putinha do Karma

Não,não acredito em Karma,mas como dizem os Espanhóis “Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay!!!”

Apesar de não acreditar em Karma ele existe e me pegou pra puta de 10 reais.E do jeito que dói esse tal de Karma deve ser uma espécie de Rocco Sifredi trabalhado na cocaína e louco pra me arrebentar.

Funciona assim:Eu não fui uma pessoa das mais legais no passado.Fiz gente que me amava sofrer,sofrer muito.Não estava nem aí para o que as outras pessoas sentiam e só me importava comigo mesmo e com a minha diversão.Pois bem,agora de uns anos para cá o Universo,como diria o charlatão Paulo Coelho,resolveu me cobrar e de quando em vez resolve fuder com a minha vida.

E o desgraçado é esperto.É como um terremoto.Ao invés de ir causando pequenos abalos que assustam mas não causam estrago nenhum o bicho vai guardando energias e quando esta bem forte explode em um terremoto destruidor.

O Karma é a mesma coisa.Não libera as desgraças aos poucos,para que você possa assimilá-las e seguir em frente.Vem tudo de uma vez só,que é para te cortar até o oxigênio e te deixar sem vontade até para respirar.

Mas se tem algumas coisas que aprendi com isso é que:

1º – Eu mereci.

2º – Sempre passa e a vida volta ao normal.

3º – Tainha não tem pescoço.

4º – Não existe desgraça que algumas doses de tequila e beijo na boca não cure.

E segue a vida.Da próxima vez que o Karma resolver que eu mereço mais uma dose de sofrimento eu já estarei esperando com uma lata de vaselina.Das grandes.

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"Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso."

Caio Fernando Abreu