domingo, 5 de novembro de 2006

EPISÓDIO 16 - A LENDA DO ANDRÉ


Em outra vez que fui a São Paulo encontrei com um primo meu que precisava urgentemente sair da cidade, ele tinha catado grilo com a namorada de um traficante e o cara queria fazer uns buraquinhos nele. O jeito foi trazê-lo para Criciúma.Bom quem me conhece sabe que eu não sou exatamente o Brad Pitt brasileiro,aliás nem o Brad Pitt etíope,portanto um primo meu não deve ser lá muito bonito,pra falar claramente o cara era bem feinho,dava dó, mas se achava o máximo,para todos os lugares em que íamos ele dizia que todas as mulheres do lugar estavam olhando para ele.Se passasse alguma gata olhando para uma pedra no chão ele dizia “-Olha lá Rebelo,ela tá olhando pra mim,tá no papo”.Nunca vi ninguém tomar tanto fora na vida.
Teve uma sexta que eu, o Marcelinho, o Rebelo e o André fomos para o Ideal de Forquilhinha, o paraíso dos arrozeiros. Lá o André ficou com uma menina que digamos assim...era desfavorecida fisicamente,ou seja,barangaça mesmo,dragão de Komodo, jaburu real, mais feia que a Biscoito da escolinha do professor Raimundo.Por incrível que pareça aquela criatura horrenda era noiva e o noivo dela chegou bem na hora e viu os dois agarrados,parecendo dois carrascos em dia de tempestade.Bom ele não ficou muito feliz com a situação,afinal ser traído por aquela baranga realmente não deve ter sido muito agradável, mas o fato foi que o pau fechou dentro do Ideal.Na hora da bronca o cara estava sozinho e apanhou que nem o Maguila naquela luta contra o Hollyfield e o Rebelo ainda jogou o infeliz por cima do balcão do bar.Mas quando estávamos saindo de fininho eu fiquei por ultimo e por um motivo que não consegui entender na hora,eu caí de costas no chão,bom cair de costas no chão para mim não era uma novidade,pois estava sempre muito louco,mas só daquela vez eu caí porque tinha tomado uma rasteira.Os arrozeiros tinham se unido e estavam me chutando,o único cara que tinha visto a tragédia tinha sido o André,mas ao invés dele me ajudar a sair do massacre ele saiu correndo atrás do rebelo e ficava gritando”-Rebelo...Chicuta...chão...dez caras...Rebelo...Chicuta...chão...dez caras...
Minha sorte foi que o Marcelinho e o Rebelo, dois caras treinados em artes marciais da Brasília, mortais até sem armas nas mãos, vieram me ajudar e nós conseguimos sair vivos dali!

Um comentário:

Fala que eu te escuto.