EPISÓDIO 4 – O “FUCA” DO MARCELINHO

Cumprindo o papel de levar as massas o que ela realmente quer, sexo e cerveja pão e circo,mais circo do que pão,aliás não vai ter pão,só circo,vamos seguir neste blog com a política de relembrar posts clássicos que ninguém leu que fizeram muito sucesso anteriormente.Episódio de hoje:”O incrível Fusca do Marcelinho”.


A grande febre entre a galera do Bairro Brasília lá pelos idos de 1993 era ter fuscas rebaixados e com películas, até porque ninguém nunca tinha mais do que o suficiente para encher a cara de cerveja e fusca sempre foi um meio de locomoção barato, valendo menos que Monareta sem roda.Veja bem que eu disse meio de locomoção,e não carro.
Eu e o Rebelo gastávamos todo o nosso dinheiro em SKOL e não tínhamos carro, quem tinha era o Marcelinho, o Gaiteirinho. Um Fusca azul desmaiado, de um tom indecifrável,que não existe na natureza, rebaixadasso e fechado na película. O Rebelo além de ser cachaceiro ainda não comia ninguém e como o Marcelinho estava se dando bem com uma I.P.V.(Individuo Portador de Vagina)do Sete, amante de um famoso empresário da cidade, ele emprestava o “Fuca” para nós irmos para a Casa do Rock.Todo mundo sabe que o inverno em Criciúma além de ser muito frio tem uma neblina desgraçada; com o carro fechado na película não dava para enxergar um palmo à frente do nariz (até porque o Rebelo tem o maior narigão) então o Rebelo colocava aquele cabeção para fora da janela e ficava que nem um mongolóide dirigindo, chegava no Rock com a cara congelada,igual no filme Débi e Lóide,com estalagmites feitas de ranho saindo do nariz. Tudo por uma SKOL. Mas eu ainda acho que aquele carro tinha piloto automático.Não sei como chegávamos vivos…