O coqueiro maldito

Uma vez voltando de uma cachaçada no Clube União Mineira, clube de elite da cidade, cerveja Krill a 1,00 Real, formamos duas equipes de fórmula 1 na Avenida Centenário, eu o Dunga, o Ramiles e o Michara no meu Voyage 1.8 turbinado com o xixi do Lokinho no tanque, e o Rebelo, Jorginho,Pizzetti e Serginho no Fuca do Rebelo,deixando peças a cada curva. Estava uma chuva fina,pista molhada,nós nos nossos carros velhos a mais de 100 na avenida,pra ver quem chegava primeiro no posto pra beber mais umas duas caixas.Devo admitir que nessa época eu sentava ao volante mas não dirigia,quem guiava o carro era meu anjo da guarda,por que eu não tinha condições.Mas nesse dia eu estava tão louco que até o anjo da guarda ficou com medo e abandonou o barco...
Logo que saímos daquele pulgueiro que é a União Mineira um outro fusca (malditos pobres) cruzou a minha frente e como eu estava com pneus slick (carecas) e a pista estava molhada, saí rodando pela pista e só parei quando um coqueiro desavisado cruzou a centenário sem olhar para os dois lados!E eu bati no coqueiro de traseira!!!!!Até hoje não entendi como...
O saldo da tragédia foi que uma roda saiu rodando sozinha até o posto no outro lado da avenida, devia estar querendo ir embora com medo, o vidro traseiro saiu inteirinho e não quebrou, o Michara teve um corte de uns dois metros na cabeça e o Ramiles foi parar no hospital com o pescoço detonado. Até que foi engraçado ele andando com aquele bagulho segurando o pescoço,parecia aquelas mulheres girafas da Tailândia.Até hoje quando passo por ali sorrio e lembro do “meu coqueiro”.Para quem não acredita eu posso mostrar as marcas no coqueiro,sei exatamente qual é.
Mas o pior mesmo foi que a mãe do Ramiles percebeu com quem o filho dela andava e nunca mais me deixou chegar perto da Daiane, irmã dele, muito gata. Droga...