quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Cemitério de elefantes

 

Sempre me fascinou a história/estória do cemitério de elefantes. Um lugar em que os paquidermes vão única e exclusivamente quando estão doentes e sabem que vão morrer.

A ideia que os humanos fazem é que os elefantes se afastam para morrerem sozinhos e não fazer sofrer os outros membros da manada.

É uma ideia bonita, altruística até. E eu sou meio como os elefantes, quando sofro gosto de estar sozinho. Assim como eles, já morri muitas vezes sozinho. Quando não estou bem sou avesso a palavras de afeto, carinho. Prefiro a paz e a solidão.

Gosto de ficar comigo mesmo nesses momentos, ouvindo Valentin e me comiserando nas minhas misérias, com pena de mim mesmo, amaldiçoando o destino e minha eterna burrice.

Não preciso ouvir de ninguém que “isso vai passar Ricardo, não fica assim”. Eu sei que vai passar. Tenho experiência de vida suficiente para saber que por pior que as coisas estejam, elas passam. Sempre passa. Assim como felicidade tem fim, tristeza também tem. O Poeta estava errado nesse ponto.

Eu sei que vai passar, mas quero que passe por mim mesmo, quero pensar muito no problema para não cometê-lo novamente, preciso de paz para isso. Preciso de paz para retornar no outro dia, no outro mês, no outro ano, que seja, a mesma pessoa feliz que era antes.

Minhas tristezas e melancolias andam de mãos dadas com a solidão.

Um comentário:

Fala que eu te escuto.