domingo, 12 de novembro de 2006

EPISÓDIO 19 - A FUGA DAS BECAS



Depois de sair da Batista passei a morar em um dos melhores bairros de Criciúma,um lugar muito bem policiado,afinal a policia não sai daqui,reduto da mais alta sociedade criciumense,a Disneylândia da cocóia: Bairro Argentina.Não satisfeita com toda a confusão criada na Batata a galera continuou,com a minha anuência é verdade,a tocar o puteiro na argentina e rolaram vários episódios interessantes, como: as fotos de cueca,o Rebelo e Jorginho G.I.Joe, o Homem invisível,a festa de aniversário em que a Dheime soprou tudo,a vez em que eu falei com um ursinho de pelúcia e o urso respondeu e muitas outras que infelizmente não posso contar aqui sob o risco de apanhar do pessoal e ainda ser expulso de casa.
Mais ou menos nesta época a mãe do Jorginho comprou uma casa no Campo Bom e ele,muito inocente, nos convidou para passar o fim de semana lá.Foi um erro...
-PERSONAGENS PRINCIPAIS: Dona Bernarda e as Becas.
-PERSONAGENS COADJUVANTES: Chicuta,Rebelo,Jorginho,Lokinho,Neném,Dez Real e Pizzetti.
GATINHAS: Vanessa,Deime e Liliane.
HISTÓRIA REAL: Tudo corria maravilhosamente,eu diria até estranhamente bem, quando o Rebelo resolveu ter umas das brilhante idéias de jerico dele:Fazer um luau a beira-mar.
Pessoas normais,com todos os neurônios intactos, fariam uma bela festa,com umas cervejas,vinho seco,frutas,um violão,umas gatinhas dançando o ula-ula e tudo o mais que um luau deve ter,mas nós não,tínhamos que fazer cagada.Arrumamos um garrafão de cinco litros de vinho sangue de boi outro de conhaque São João da Barra e madeira em quantidade suficiente para assar umas trinta Joanas Dar’c.Colocamos os carros na beira da praia tocando rock no último volume e ficamos lá enchendo a cara e falando merda.
Quando a fogueira foi acesa a claridade foi tanta que mais parecia a festa de inauguração do sol,o fogo estava iluminando desde Paulo Lopes até a Barra Velha.Empolgados com a proeza todos os homens, como se fosse alguma tribo de índios cachaceiros, tiraram as bermudas e ficaram dançando em volta do fogo só de cuecas.Enquanto isso o Pizzetti pegou uma tarrafa e começou a tarrafear para ver se conseguia pegar algum peixe para assamos naquela fogueira dos infernos.Detalhe:Ele estava tarrafeando na areia!
Mas no meio da festa,na hora em que estávamos mais empolgados,aconteceu a fatalidade,a fogueira apagou.Havia acabado a madeira,o que fazer?Ir para casa dormir?Rárárá,é claro que não.Nos reunimos e num gesto de coragem extrema tomamos uma atitude ousada,quase suicida e com toda a certeza burra:Mandar Rebelinho,o destruidor, procurar mais madeira.Após uma hora ele ainda não havia voltado e todos achávamos que ele havia tido a brilhante idéia de ir buscar a madeira em Criciúma,de fusca.Mas eis que chega ele com uma quantidade de madeira que daria para construir a nova mansão do Bill Gates.
A festa continuou e finalmente o sol nasceu,sinal para todos os vampiros e seres noturnos recolherem-se as suas tumbas.A nossa era uma casinha que tinha do lado da casa principal no Campo Bom.Antes de dormir o Rebelo ainda teve tempo de destruir a cama e ficamos todos rindo com as cabritas da Dona Bernarda balindo,o Binho sismou que elas estavam chamando por ele e não queria deixar ninguém dormir.
09h00minhs da manhã: Fomos acordados com os gritos da Dona Bernarda.Terremoto?Maremoto?O Bush estava atacando o Campo Bom?Proibiram a cerveja?Que grande tragédia teria se abatido sobre aquela casa e que estaria motivando tanto estardalhaço?
Apurando mais os nossos ouvidos cheios de areia conseguimos entender o que a Dona Bernarda gritava:”-Jorginho,as cabritas Jorginho!”Até hoje ela não sabe e espero que ninguém conte mas o Rebelo havia arrancado toda a cerca para colocar na fogueira.Ainda hoje existem umas becas selvagens perdidas pelas dunas do Campo Bom.Elas não tem medo de nada, só do Rebelo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fala que eu te escuto.