Dandara – A Gatinha

Quando eu morava na Linha Batista sempre ia a São Paulo visitar meu pai e matar a saudade da metrópole e do Big Mac e deixava a casa na mão do Lokinho (é eu sei, não era muito inteligente), do Rebelo e do Jorginho. Só Deus ou o Diabo sabem o que eles aprontavam enquanto eu estava fora, mas uma das muitas histórias eu me vejo aqui na obrigação de contar, pelo menos para me vingar.

A Galera era muito amiga de uma mocinha inocente,pura, que morava em frente à figueira, chamada Dandara Raio Laser. Era uma moça diferente,não porque não fosse delicada e feminina,mas sim porque tinha um pau maior que o do King Kong(Me falaram,que eu mesmo nunca vi).Quando eu viajava já deixava a geladeira e os armários vazios,senão o preju era grande porque o Lokinho é o maior boto da face do universo conhecido,o cara não pode ver um Doritos mofado no chão que já vai comendo.Mas dessa vez eu, desavisadamente,deixei uma lata de leite condensado na porta da geladeira.A história a seguir é espantosa,proibida para menores,portanto se você tiver menos de setenta e dois anos favor pular para o próximo capitulo.

Dandara estava muito solitária em seu banho de imersão quando avistou uma grande aglomeração em frente a sua casa. Era uma reunião da redação do Jornal da Figueira,estavam lá:Bom,eu não posso dizer quem estava lá,senão apanho ou sou processado,ou os dois ao mesmo tempo.Com o rabicó já piscando ao ver tantos homens juntos ela desceu e foi convencida a ir até a minha casa ouvir a décima sinfonia de Beethoven e ver uma fita com a mais nova apresentação do Bob Marley em um show com o Renato Russo e participação especial do Cazuza.
O que aconteceu lá eu não vi,mas pelo que me contaram foi digno de uma fita do Buttman. Não precisa ter muita imaginação, quinze caras, uma bichinha e uma lata de leite condensado...
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