Tá meio claro aqui…

Pois bem,faz tempo que eu não conto uma das minhas historinhas aqui,reais,pois sim,verídicas,de verdade,sem mentira nenhuma…Uma ou duas talvez…Então vamos lá dar uma cremadinha no meu filme.

Uma vez estava em um bar mal afamado aqui em Criciúma.Um tal de Lanterna’s.Não me perguntem como fui parar lá,porque eu não lembro.Sério,não lembro mesmo,juro.E me deram para beber um vinho que deve ter sido um daqueles que Jesus transmutou a partir da água lá pras bandas da Galiléia em 1900 e antes de Cristo.Vou dizer viu,o vinho tinha gosto de barata velha fervida.Mas eu bebi,porque afinal não se recusa vinho de grátis.Bebi bem,quase uma garrafa.

Para não perder o costume de fazer vergonheira fiquei pior que aquela menina lá do Exorcista e gorfei o bar inteiro.Pintei o lugar de roxo.Vomitei até no Garçom e nem dei os 10%.

Não lembro direito do que aconteceu em seguida,mas me trouxeram para casa e eu dormi.No outro dia acordei meio sem saber onde estava.Sabe quando você acorda e por um segundo não lembra onde esta?Então,acordei assim,só que ao invés de um segundo eu devo ter passado bem uns dez minutos pra atinar com as idéias.

O detalhe é que acordei com o Baretta,meu cachorro que parece uma capivara e que na época era filhote,lambendo a minha boca.

E pensei:

“-Pô,tá muito claro aqui,acho que dormi com a janela aberta de novo.E como esse cachorro conseguiu entrar no meu quarto e ainda subir na cama?

Um calor de rachar coquinho,um sol desgraçado pegando bem no meu olho…PERAÍ,SOL?DENTRO DE CASA?

Pois é,eu tinha dormido na rua,na porta de casa.Olhei para a porta e a chave estava lá pendurada,mas era a chave errada claro.Provavelmente devo ter chegado mutcho loko,tentado abrir a porta com a chave do armário da empresa e como não consegui meu cérebro lesado achou que era uma ótima idéia dormir ali mesmo no chão.

Vou te contar viu.Ainda bem que não bebo mais,é só mais esse ano e deu.Depois eu paro…